sábado, 8 de outubro de 2011

Três (melhores) poemas do Minigrafias

non-sons

o boi berra
a cabra bale
a rã coaxa

o meu telefone
- ai de mim! -
nenhum
pio


Incisões

o bisturi
e os seus cortes
convexos

a mutilação

- cicatrizes
que fossilizam
o movimento
da sutura

o aço
que perfura
- gumes
no corpo inerte

carbonos
entre a erosão
e os sedimentos

distraído,
o açougueiro
nos fere de morte


mini-hq

ali fazia frio e sua noite era descomunal
mente inútil. Diante daquela circustân
cia incomum, para a qual não havia um
só comprimido, ele não pensou duas ve
zes : pegou o revólver na gaveta e atiro
u naquela que era a última foto da famíl
ia : pam! a imagem amarela do avô, nu
m átimo, desapareceu entre o cheiro de
pólvora. Para ter certeza deu outro tiro:
pam! - e pôde enfim dormir sossegado



do livro Minigrafias de Luís Araujo Pereira

quarta-feira, 14 de setembro de 2011

Sem solução

Mundo mundo vasto mundo
se eu me chamasse Raimundo
seria uma rima, não seria uma solução
[...]


nem pra rimar meu nome presta :(

segunda-feira, 5 de setembro de 2011

terça-feira, 30 de agosto de 2011

Paixões...

"Papel,
respiro-te na noite de meu quarto,
no sabão passas a meu corpo, na água te bebo.
Até quando, sim, até quando
te provarei por única ambrosia?
Eu te amo e tu me destróis,
abraço-te e me rasgas,
beijo-te, amo-te, detesto-te, preciso de ti, papel, papel, papel"


Fragmento de Noite na Repartição, Drummond.

sexta-feira, 26 de agosto de 2011

Déjà vu na escadaria

Mesmo contexto.
Mesma origem.
Mesma fragilidade.
Final diferente.
Chupa e engole, Cristina!!

sexta-feira, 29 de julho de 2011

Lixeira feita com filtro de ar de caminhão


Um dia eu estava pesquisando a reutilização de materiais e encontrei um blog bem interessante. Em uma das postagens haviam lixeiras feitas a partir de peças de caminhão. Acabei não salvando o link de endereço e nunca mais consegui encontrar o tal blog. Nesta semana, passei em frente ao uma oficina que fez um descarte de filtros de ar, na hora me interessei e levei um pra casa pra fazer uma tentativa. Por que não?

Materiais:
01 filtro de ar de caminhão (eu usei o de um mercedes benz, não sei ano nem modelo)
Chaves de fenda

Como o filtro de ar é usado, cuidado para não manchar as roupas com a graxa e os resíduos. Procure um lugar de fácil lavagem pois o filtro acumula poeira, pequenas pedras e outras coisas não identificadas.


Passo 1
O filtro que usei possui duas partes de metal em forma de cilindro telado. A parte de fora é larga e a de dentro bem mais estreita. Inicialmente eu queria fazer o cesto usando o telado de fora, mas não consegui. O filtro é muito resistente, apesar de parecer papelão. Acabei danificando o fundo e as laterais com a força que fiz com a chave de fenda.


Passo 2
Usando o telado central. Desarme o telado de fora com a chave de fenda, retire o telado interior do filtro e descarte o que for desnecessário. Não danifique o fundo.


Resultado
Como o cesto telado interno é estreito, a lixeira não fica larga e não serve para todo tipo de lixo. Eu não pintei, mas acho que ficaria muito interessante e daria um toque de modernidade. Impossível saber que se trata de uma peça descartada de um caminhão. Vale a pena.


segunda-feira, 18 de julho de 2011

:|

Primeira música divulgada do novo álbum "I'm With You" previsto para ser baixado ilegalmente em agosto.



É...
Mais vale um Jonh Frusciante voando do que um Josh que não aparece.