terça-feira, 6 de outubro de 2009

Tempo dos assassinos e os nossos dias

[...]

Risos de crianças, discrição dos escravos, austeridade das virgens, horror das faces e objetos daqui, sagrados sede vós pela lembrança desta vigília.
O que havia começado com toda a grosseria, eis que vai acabar em anjos de chama e gelo.
Curta vigília de embriaguez, sagrada! ainda que não seja pela máscara com que nos gratificaste.
Nós te confirmamos, método!
Não nos esquecemos que ontem glorificaste cada uma de nossas idades.
Temos fé no veneno.
Sabemos dar a nossa vida inteira todos os dias.
Eis o tempo dos Assassinos.

Athur Rimbaud (1854-1891)

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